terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Flor que és



A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor!

Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perere
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

(Fernando Pessoa - Ricardo Reis)






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